Tuesday, March 07, 2006

A POESIA DEVE SER FEITA POR TODOS E NUNCA POR UM

Um jardim aguado de guarda-chuvas negros rasgados e gotículas de clara de ovos pingantes. Uma mesa de dissecação para fazer refeições.
Um guarda-chuva e uma máquina de costura fazendo amor sobre uma mesa de dissecação. Negação de Deus pela representação do início da vida e seu término. Um ciclo. Fecundação sobre a cama da morte. Início do fim pelas mãos do Absurdum. Gozo facial. Muehl quebrando ovos dentro da farinha emborolada sorri.
Bataille perguntou: "O coito é a parodia da morte?"... O membro latejante masculino penetrando as entranhas lubrificadas femeninas. Desnos respondeu criando o clube das bebedoras de esperma. Vidas engolidas. Um brinde, vivas, tome tudo de um só gole!!!
Uma fêmea com cem tetas espia pelas frestas do tempo. O homem cortado em dois pela janela devora a orelha de Van Gogh. Cem tetas excitadas ao contemplar o jardim de guarda-chuvas negros rasgados balançando ao vento.
Leite materno azedado/oxidado/embasbacado. Delicioso assim mesmo. Canecas de leite materno após fazer amor sobre uma mesa de dissecação para repor energias para uma nova ejaculação de simbolismos. Objetos cortantes revestindo o membro masculino lubrificado com o sangue femenino. Sangue femenino... Hã... O adorável sangue femenino!!!
Decomposição do pensamento na boca. Língua cortada pelas tropas de neurônios policiais-policialescos. Impulsos elétricos do cérebro para a boca - da boca de volta para o cérebro.
Energias descarregadas.
Guarda-chuva suado fuma um cigarro. Esperma percorre os canais não enferrujados da sensual máquina de costura.
Satisfação...

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