Sunday, February 05, 2006

MUTHAFUCKA FESTIVAL 2005 E O PRAZER DE BEBER COM OS AMIGOS


Santo Antônio Da Patrulha é uma cidadezinha que fica a umas duas horas de Porto Alegre/RS e é nacionalmente conhecida como terra da Cachaça e da Rapadura. Lógico que este título se contesta, mas como é tudo política mesmo, então pouco importa. Para o Underground brasileiro, essa cidade soa como sinônimo do grande agitador cultural Daniel Villa Verde, o cara louco por trás de vários shows de grindcore, hardcore e punk que acontecem no Baiúca Bar (um barzinho legal com dois ambientes onde os shows acontecem no porão e se você não curtir a banda está tocando pode ficar em cima, escorrado no balcão, bebendo como um condenado e conversando com a gurizada gente fina daquela região gaúcha, geralmente com alguns punks ao redor fazendo grind acústico em violões que aparecem do nada).

Nos dias 16, 17 e 18 de Novembro do ano passado aconteceu o Quinto Muthafucka festival, eu mesmo não lembro de muita coisa porque fiquei agitando/bebendo por lá e apavarando os mais comportadinhos, mas deu prá voltar com um bom material das bandas que tocaram por lá e rever grandes amigos gaúchos como os poetas Gustavo Insekto, Nicanor, Daniüsss Macedüsss, Luiz Guilherme, o desenhista Gabriel Renner, o videomaker Cristian Verardi, os músicos Villa Verde, Tuko, Renato Gaitero, Ronney, o colecionador de filmes Thomas Albornoz, o grande Márcio Ramos, o zineiro Paulo Rogério, o artista plástico Cristian e conhecer outras figuras gente boa como Juba Tarrago, Cidade, Silvia (namorada do Renner) e o cara da banda Garrancho Em Lápide (que devido aos neurônios mortos não consigo lembrar o nome). Eu e Elio Copini (ator nos meus filmes) nos divertimos muito nos dois dias que ficamos lá, principalmente quando saimos com o Tuko para comprar algumas garrafas de cachaça nas barraquinhas de artesanato da cidade e acabamos fazendo parte de um desfile de camioneiros (era dia do camioneiro lá) com direito até rainhas e princesas da festa. Adoro o mundo do rock muito mais do que o tedioso mundo dos cineastas engomadinhos nacionais.

Não vou comentar o festival em si, mesmo porque não lembro de muita coisa. Vou indicar um material que ganhei lá e que acho que todos deveriam conhecer. Voltei de lá com o ótimo split CD-R da Facão 3 Listras (villaverde65@hotmail.com) com a Garrancho Em Lápide, que trás um grindcore experimental que foge da mesmice. Facão 3 Listras adiciona um gaitero nas suas músicas, acompanho a banda desde o seu início e está cada vez melhor. Já a Garrancho só digo uma coisa: Ouçam logo essa banda porque é uma ótima oportunidade de conhecer algo novo. Viana Moog (vianamoog@hotmail.com), o CD-R "Boemia Adolescente Após Os 30" que trás um rockzinho básico modernoso, bom prá escutar usando alguma coisa ilícita que altere seus sentidos, heheheheh. Bleff (bleffrock@yahoo.com.br) e seu ótimo CD "A Vida Em Preto e Branco" que possuí um som bem leve, ótimo para escutar com a namorada. E ainda voltei com outros dois CDs anti-comerciais do pessoal de Ponta Grossa/PR que são extremante ótimo mas que não trazem nenhuma informação, e o nome das bandas eu esqueci porque tem coisas que o cara não lembra nem que faça regressão mental. Tudo bem, quem me conhece sabe que sou assim mesmo: Um caso perdido, um cara que viaja até 16 horas de ônibus prá ver alguma banda obscura/desconhecida ao vivo e enche a cara e não lembra de nada.
Promessa: Vou me informar sobre essas duas bandas e divulgar aqui de uma forma direito.

* na foto a banda Facão 3 Listras.

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