Tuesday, January 31, 2006

LANÇAMENTOS parte 01


Espaço para divulgação de material independente, quem quiser ser divulgado aqui deve me enviar um exemplar do seu material e estarei comentando. As cópias podem ser enviadas para PETTER BAIESTORF, Av. Brasil 1129, Sala "A", Centro, Palmitos/SC 89887-000, Brasil. O material enviado para este Blog também será divulgado na revista "URTIGA" assim que retomarmos a edição dela.

Lymphatic Phlegm - "Bloodsplattered Pathological Dysfunctions" (LP / Last House On The Right Prod.).
A melhor banda de gore grind brasileira tem re-lançado seu CD "Bloodsplattered Pathological Dysfunctions" pela gravadora Last House On The Right com um erro de impressão, trazendo o nome da faixa "Mucupurulent Cystical Fibrosis Of The Pancreas By Abscence Of Pancreatic Ferments On The Intestine" , que é a primeira faixa do split LP deles com a Headcrash, não presente aqui. Destruidor!!! Com um encarte interno trazendo todas as letras patológicas deste trabalho. André Luiz e Rodrigo merecem os parabéns por mais este lançamento de qualidade. Quem não conhece a banda Lymphatic Phlegm, saiba que é a outra banda (junto da Impetigo) que está na trilha sonora do longa "Cerveja Atômica" (Canibal Filmes/2003). Imperdível para os fãs de som extremo. Contatos para adquirir o material atráves do e-mail: rasilka@ig.com.br

Neuro-Visceral Exhumation - "The Human Society Wants More Gore" (CD / Sonic Death Records).
Brutal gore grind da banda paulista N.V.E. que destruiu tudo na nona edição da Splatter Night Fest (em novembro de 2005). Barulho para grinders de ouvido treinado. Na verdade odeio ficar comentando som, minha dica é CONHEÇA LOGO ESSA BANDA, música é para ser ouvida e não comentada. Para adquirir o material entrem em contato com a Sonic Death Rec. (www.sonicdeath.com) e com a banda pelo e-mail luis.frederico@uol.com.br já que eles não possuem site.

I Shit On Your Face - "Anal Barbeque" (CD / Proud To Be Loud Rec.)
Sei não, mas a banda I Shit On Your Face, a cada lançamento que promove, vem se tornando minha banda favorita de gore grind nacional fodão. Este CD é lindo e ainda por cima trás meu hino grind (minha música nacional preferida) "Brown Puke (The Tale Of An Obstructed Large-Intestine)" que também está presente no 4 way CD "Vila Velha Noise Beach" (que além deles trás ainda as bandas Ajudanti Di Papai Noel, Christmas Shit e Chuck Norris). Nasceu clássico. contatos com o Renzo: beermetalcult@hotmail.com

Ovários - "Promo CD-R" (CD-R / Independente).
Cara, essa é minha banda preferida ao vivo, já vi 3 shows deles e sempre é diversão do início ao fim. Dr. Pig (vocalista) é uma figura das mais carismáticas da cena underground brasileira. Eles fazem um gore grind direto com músicas em português singelamente intituladas de "A Vagabunda Que Colocou O Feto No Liquidificador, Coou E Bebeu O Resto", "Tumor Benigno Na Vagina De Uma Prostituta Da Noite", "Vomitando O Sangue Menstruativo De Um Cadáver Com Gonorréia" e por aí vai. Clássico e Imperdível. Contatos com eles pelo e-mail: splatterjunior@yahoo.com.br ou rafael.lamuria@gmail.com

Neoplasm Disseminator/Harmony Fault/Premature Autopsy - "3 way CD" (CD / Rotten Foetus Recs.).
Lançamento de respeito da gravadora do amigo Diomar Souza reunindo três bandas clássicas de gore grind do Rio Grande Do Sul. Neoplasm Disseminator trás ex-integrantes da banda Vômito e meus grandes irmãos Júnior Purulent e Léo, companheiros de copo em shows pelo sul do Brasil. Harmony Fault é a banda foda que tem meus amigos Marcelo, Guilherme & Calebe. Premature Autopsy (que recentemente acabou) tem meu grande amigo Tubarão (que agora toca na banda Dead Fetus Collection). Olha a sorte, além de ser amigo de todos os envolvidos nesse projeto, ainda é um puta CD que empolga o cara do início ao fim. Melhor impossível... Contatos: jrpurulent@hotmail.com ou harmonyfault@ig.com.br .

Canibale - "Forensic Medical Institute" (CD-R / Independente).
Cannibale é a nova banda do incansável Leozir Sarcas (ex-Sarcastic), velho conhecido dos goremaníacos brasileiros. Fazendo um deathsplatter poderoso, Cannibale dá sinais que poderemos esperar um CD debut clássico pela frente. Mas como falei mais acima, som é para ouvir, então adquiram essa demo pelo e-mail: sarcascanibale@terra.com.br e se divirta igual uma criança que inocentemente mutila seu amiguinho.
* foto acima: Baiestorf entre os maníacos da Ovários.

ISSO TUDO ACONTECEU HOJE ENTRE UM SEGUNDO E OUTRO ANTES DO DESPERTAR COMPLETO AO AMANHECER


Hoje me levantei, bebi um litro de café, fiquei eufórico, lambi o chão sujo de tocos de cigarro (que com café é uma delícia), bati minha cabeça três vezes na parede parando antes da quarta porquê na quinta pode causar traumatismo craniano, beijei meu próprio olho esquerdo ignorando o direito que não percebeu a carícia e fui trabalhar sentado sobre a mula de lampião que fazia noventa e seis anos neste mesmo dia. No trabalho encontrei Elio Copini fatiando bananas verdes carcomidas pelo século passado e o Carli Bortolanza enlameado de sonhos só seus e resolvemos de sopetão-surpressa que vamos editar a revista "URTIGA". Caralho caralhudo, senti o tempo parar. Ficamos os três presos dentro da eternidade daquele segundo absortos em nossos próprios planos para a versão revista do "Urtiga". Qual tiragem, que formato, quantas páginas, colorida ou PB, quem será o diagramador? E a gráfica? E os colaboradores?... Será que vamos usar o mesmo pessoal que colaborava quando o "utiga" era o folheto poético premiado em Aracaju por sua qualidade literária cheia de erros gramáticais como esse blog? Dúvidas e dúvidas. Me estiquei sobre minha cadeira e abri uma cerveja. Bebi. Os dois fizeram o mesmo. Fechei o estabelecimento comercial que sustenta meus vícios e fomos pro restaurante mais próximo que vendia chopp para colocar as idéias em ordem. Enchemos a cara felizes. O "Urtiga" vai voltar!!!
* na foto: o brinde com bebida tipicamente nacional pela volta do "Urtiga".

A ETERNA REJEIÇÃO AOS FILMES DE HOLLYWOOD


escrito ao som de Emir Kusturica And The No Smoking Orchestra.

Ando evitando ver qualquer filme que tenha custado mais do que 500 mil doláres!!!... Tá, tudo bem, tenho visto ainda muitos filmes que custaram muito mais do que esses 500 mil doláres, mas não lembro (pelo menos agora) de nenhum que tenha me agradado. Na verdade, nem filmes vagabundos tem me agradado. Ou estou muito chato mesmo ou os cineastas estão muito preguiçosos... Não sei, só sei que isso tudo (a falta de filmes bons novos) me fez refletir sobre outra coisa mais grave ainda: Qual é a diferença entre o cineasta trash e o cineasta transgressor que existe dentro de nós?
Cineasta trash sonha em se tornar parte da indústria, parte do sistema. Cineasta trash faz seu lixo pensando em conseguir um emprego na máquina do sistema para agradar os patrões e arrecadar dinheiro do público (que cada vez é mais ignorante e boçal) para poder ter carrões, mansões, mulherões e todos esses (milh)ões almejados na vida em sociedade desde os primórdios de todos os tempos. Exemplos: Peter Jackson, Sam Raimi, John Landis, John Carpenter, Joe Dante, Tobe Hooper, David "sem talento" Lynch, entre outros escravos dos estúdios americanos. Eles simplesmente poderiam ter dito não à isso tudo e, com certeza, continuariam fazendo seus filmes com orçamentos independentes.
Já o Cineasta verdadeiramente transgressor (ou marginal, ou experimental, escolha o rótulo que te agrada mais) só quer avacalhar com a máquina industrial, perverter a ordem natural das coisas, rir do sistema e seus escravos bem vestidos. É aquele cara que está sempre pensando e agindo para desagradar o patrão, é o soldado com massa pensante que enerva o general. Na minha humilde opinião (olha só, sei ser humilde, hehehehehhehehehehe) devemos ser sempre assim, pedras nos sapatos dos poderosos. Exemplos: Lloyd Kaufman, José Mojica Marins, Fernando Arrabal, Koji Wakamatsu, Joe D'Amato, Jesus Franco, Jörg Buttgereit, Rogério Sganzerla, Ozualdo Candeias e outros, que sempre optaram por realizar seus trabalhos com grana minguada mas honesta.
Esse micro-texto-devaneio não tem nenhum propósito além de se propor a fazer com que os leitores do blog reflitam sobre a ditadura imposta pela indústria cultural que faz com que as pessoas cada vez mais engulam obras vazias.

Bem, e agora, para me contradizer completamente:
CINCO TRASH-MOVIES PARA RIR BABANDO SALIVA PELOS CANTOS DA BOCA

* MARS NEED WOMEN (1967/82 min.) de Larry Buchaman.
* THE WILD WILD WORLD OF BATWOMAN (1966/91 min.) de Jerry Warren.
* NUDE ON THE MOON (1962/70 min.) de Doris Wishman.
* PLEASE, DON'T EAT MY MOTHER! (1972/97 min.) de Carl Monson.
* THE ASTRO-ZOMBIES (1969/91 min.) de Ted V. Mikels.
* HORROR OF PARTY BEACH (1964/92 min.) de Del Tenney.

Procurem baixar esses filmes que são diversão garantida. Alienigênas em malhas colantes com anteninhas ridículas na cabeça, mulheres gostosas das décadas passadas sem o tédio das malhações sem graça e implantes de silicones, monstros de borrachas, plantas carnívoras de papelão, espaçonaves espaciais saídas de um ferro velho de aviões, atores canastrões empenhados em fazer a audiência rir e se esbaldar com situações inacreditáveis. Para reviver as emoções das sessões da tarde, abra uma cerveja, pegue uma pizza e boas gargalhadas.
P.S. - a foto acima é do filme "Please, Don't Eat My Mother!".

Monday, January 30, 2006

GRITARIA DESCONSTRUTIVISTA PARA HIENAS SURREALISTAS


Um copo de fleuma sobre a mesa somente até esvair-se o conteúdo.
Fleuma ensandecida para corroer mendigos anti-sociais.
Gaze atada aos 46 centímetros do Fêmur fumegante.
Dois críticos frustrados em pé sobre uma vaquinha branca.
Urros invisíveis flutuando pelos céus desérticos aidéticos.
Correntes plásticas para matinês com pipoca e resfriado.
Três velhas beijando crianças rebeldes a força.
Desejos e angústias destilados para ébrios artistas punheteiros.
Carbúnculos envelhecidos atirados na vida dos legumes meio inteligentes.
Um, dois, três.
Um, dois, três.
Um, dois, três.
Gritaria desconstrutivista para hienas surrealistas.
Fraturistas dadaístas para melhor destruir as palavras.
Viajantes na decomposição mental da sociedade.
Sangrando pelos arredores da razão cubista.
Brigando com situacionistas ex-simbólicos.
Vegetando com os medíocres analfabetos sem a pinga santa,
Decido:
Vou desconstruir tudo e entregar aos adoradores das amebas cristãs.

Sunday, January 29, 2006

DELÍRIO CONTRA-CULTURAL DE UMA MENTE EM APUROS PRAZEIROSOS


Tudo bem, tinha prometido prá mim mesmo que não iria ficar postando somente desabafos sobre cinema mas... que diabos, como diria minha noiva linda, "posta o que tu quiser e como tu quiser Piotr!!!"... "Sim meu amor, vou fazer isso, vou fazer isso!!!". E como tenho visto muito filme bom, principalmente curtas experimentais pouco (ou nada) comentados entre a comunidade de cinéfilos brasileiros, decidi divulgar aqui uma lista de obras que vi recentemente e que me chamaram atenção pela leveza com que tratam vários assuntos pessoais que não interessam prá ninguém.
(E sim, nosso blog vai ser uma eterna postagem de listas de obras undergrounds que achamos que vocês precisam conhecer, não é só prá ler esse blog, é prá incentivar todos a procurarem assistir essas maravilhas escondidas da mente humana à beira de colapsos caóticos de criatividade plena!!!).
Então, sem mais delongas, curtas que fizeram nossas cabeças nos últimos dias:

* "ALLURES" (1961/7 min.) de Jordan Belson. Ótimo para se ver no escuro com a cara enfiada dentro do monitor ou TV, vai te causar reações de estranheza e prazer ao mesmo tempo com uma trilha sonora que lembra o projeto "MU" do desenhista Edgar S. Franco.

* "CREATION" (1979/16 min.) de Stan Brakhage. Este cineasta é único, mago da pintura sobre a película, em misturar cores e riscos que se agarram na retina. Recomendo conhecê-lo atráves deste filme, mas andei vendo outros curtas dele e todos são curiosos, vou homenagea-lo em meu novo longa "A Curtição Do Avacalho". Dele vi ainda as três primeiras partes da série de curtas "... (Preludes)", "Lovesong" e o longa "Dog Star Man", todos lindos.

* "SCOTCH" (1963/3 min.) de Jack Smith. Ver um filme do cara que influênciou cineastas como John Waters e Nick Zedd sempre é certeza de diversão. Este é um blues maldito avacalhado, como já o eram "Flaming Creatures" e "Normal Love".

* "FIREWORKS" (1947/13 min.) de Kenneth Anger. Achei meio fraquinho, se comparado ao restante da obra de Anger, mas é só prá poder indicar clássicos dele como "Scorpio Rising", "Inauguration Of The Pleasure Dome", "Invocation Of My Demon Brother" e "Lucifer Rising" que coloquei-o aqui.

* "HARE KRISHNA" (1966/3 min.) de Jonas Mekas. Cineasta do super oito tremido (cacete, como adoro imagens tremidas, desfocadas e mal filmadas) que tem muito o que dizer com sua edição ágil (mais por acidente do que por estilo). Tentem ver ainda "Scenes From The Life Of Andy Warhol" que ele realizou na década de 60 mostrando o dia-a-dia de Warhol (ele comendo bolo é hilário... Será que Warhol sentia constrangimento com a comida?).

* "THE EVIL FAERIE" (1966/21 segundos) de George Landow. Uma piadinha underground adorável.

* "A MAN AND HIS DOG OUT FOR AIR" (1957/2 min.) de Robert Breer. Engenhosa animação onde riscos tomam forma de objetos e seres inanimados trepidantes. Do Robert Breer também vi o excelente "Recreation".

* "TOWERS OPEN FIRE" (1963/9 min.) de Antony Balch. Partindo de um roteiro do guru William Burroughs (tá, vou fazer de conta que acredito que o traste se sentou prá escrever isso aqui), temos um magnífico exemplar de cinema político lisérgico para crianças de todas as idades. Sério e debochado, como um livro do Burroughs.

* "MARIO BANANA" (1964/7 Min.) de Andy Warhol (ou vai saber quem, porque o Warhol mesmo não mexia um único músculo prá fazer as coisas dele). Tudo sobre como comer uma banana. Aproveitando esse curta, resolvi fazer um ciclo do cinema de Warhol aqui no meu quarto prá mim, Aline e meus gatos e assistimos ainda "Eat", "Sleep", "Blowjob", "Empire", "Kiss" e "Velvet Underground's First Public Appearance", todos de uma monotômia criativa que nos prende em nossos próprios pensamentos, coisa que nem os filmes mais inteligentes de hollywood conseguem.

* "NYMPHOMANIA" (1993/8 min.) de Tessa Hughes-Freeland. Um conto de fadas bucólico pervertido. Me lembrou John Waters com Nick Zedd.

* "LITTLE STABS AT HAPPINESS" (1963/14 min.) de Ken Jacobs. Um clássico do cinema underground que ainda tem o que dizer. De curioso mesmo a participação de Jack Smith como ator. Como só conheço este filme do Jacobs, ainda não tenho uma idéia formada do estilo dele, voltarei a comenta-lo qualquer hora dessas.

* "HOLD ME WHILE I'M NAKED" (1966/14 min.) de George Kuchar. Junto de Jack Smith, Kuchar é meu cineasta transgressor preferido e aqui neste curta ele esbanja seu humor debochado de forma fantástica. Vi vários outros curtas dele e todos são excelentes, clássicos dos botecos undergrounds que vomitam cultura pelas madrugadas do mundo. Recentemente vi também os curtas "Wild Night In El Reno", "I An Actress" e o curta em vídeo vagabundo de 1994 chamado "The Cage Of Nicholas" que incrivelmente se parece com os curtas do Coffin Souza (mas é a mesma influência, já que ainda não tive a oportunidade de mostrar esses curtas do Kuchar pro Souza).

* "SINS OF THE FLESHAPOIDS" (1965/43 min.) de Mike Kuchar. Média do irmão mais debochado do George que é um ótimo contador de histórias melodramáticas futurísticas (ele usa figurinos bem loucos, o que confere aos seus filmes um visual que não permite datar os seus trabalhos).

* "ASPARAGUS" (1978/18 min.) de Susan Pitt. Animação experimental clássica, este curta era exibido junto do loga "Eraserhead" (de David Lynch) e fazia valer o ingresso da sessão (na real, troco os 18 minutos deste curta por toda a filmografia do Lynch e não me arrependo, porque Lynch é cineastinha poser prá cinéfilo classe-média não entender e ficar maravilhado com sua falta de inteligencia).

* "THE FLICKER" (1966/28 min.) de Tony Conrad. O Clássico underground supremo, o filme que causa ataques epiléticos em pessoas sensíveis. Inacreditável trabalho do Conrad, que estou em busca de mais trabalhos, já que conheço apensa este.

* THE DEATH OF STALINISM IN BOHEMIA" (não sei o ano deste e não marquei a duração) de Jan Svankmajer. Surrealismo político anarquista que destrói com a armação militar que é o comunismo-marxismo-stalinismo e por aí vai. Clássico, assistam junto de alguma garota fanática pelo PSTU que vai ser mais engraçado ainda. Vi todos os curtas de Svankmajer e indico ainda "Food" e "Virile Games" que precisam ser vistos com urgência devido a genialidade com que foram construídos.

Bem, antes de tudo, procurem conhecer esses estranhos curtas. Seria interessante alguma mostra de cinema brasileiro independente incluir um ciclo com alguns destes títulos para que mais gente possa ter contato com eles. Todos este filmes comentados aqui eu tenho em minha coleção e coloco-os a disposição de algum festival que queira realizar algum ciclo de obras undergrounds madrugada à dentro.

$$$

Fui embora com o vento e resolvi mudar para nunca mais voltar à ver o dito cujo que ganhou $$$ no dia de seu nome comprido.
Bendito o café que bebi no balção da farmácia;
Estava bem frio.
Cola. Cola os $$$ no teu nome infeliz.
Joga pedaços de papel no ventilador e vai lá fora brincar na lama com limão. Sou teu inimigo desde o raiar do sol. Não vai ser perdoado por ter $$$ no nome;
Cala-te $$$...
Gastronomicon Não Pode Voar. Então fica por ali e não se aproxime mais de meus filhos cafajestes.
Afasta-te...
Afasta-te $$$ filho da putice!!!

Saturday, January 28, 2006

MEU REINO POR UM FILME BOM!!!

Conversando com amigos em mesas de bares sujos temos a mania de ficar criando roteiros baseado em livros, bons livros, que achamos que merecem uma versão cinematográfica (underground lógico!) feita por diretores loucos criativos (e aqui vamos ignorando inclusive diretores que eventualmente estejam mortos e enterrados ou internados em asilos de lunáticos tarados, hehehhhehehehe...). Diversão saudável em mesa de bar.
Segue lista com alguns livros que sempre comentamos que gostaríamos de ver filmados, transformados em película por diretores como Jack Smith, George Kuchar, Ozualdo Candeias, Jodorowsky, John waters com seu estilo de filmar dos anos 70, Russ Meyer (que ao contrário do que dizem, não fazia só putaria mas sim dava aulas de como fazer cinema), Dusan Makavejev, Jan Svankmajer, Emir Kusturica, entre outros desgraçados fazedores de clássicos que citarei em outras postagens prá não ficar listando uma montanha de nomes aqui:

* "Van Gogh - O Suicidado Pela Sociedade" de Antonin Artaud , numa mistura muito doida da vida do Gogh com Artaud em passagens fellinianas em hospícios, sexo bizarro e orelhas cortadas.

* "Histórias de Cronópios e de Famas" de Julio Cortázar, esse filmado com uma fidelidade absoluta ao livro, o que nos daria bons motivos para gargalhadas de prazer realmente fantástico.

* "Crime e Castigo" de Dostoiévski numa versão punk, mas ainda assim se passando no Século XIX ( imagine punks de moicanos em pleno século XIX, com uma trilha sonora repleta de clássico do punk londrino dos anos 70 e muito G.G. Allin), beirando o anarquismo bakuniano com a filosofia niilista, só prá deixar a história mais caótica. Tudo bem, sei da existência do (e já vi) filme brasileiro "Nina", mas na minha opinião faltou ao diretor-roteirista uma boa leitura (e intimidade) com a obra-prima de Dostoiévski.

* "Provos - Amsterdam e o Nascimento da Contracultura" de Matteo Guarnaccia, aqui pegando um bando de velhos arruaceiros (interpretados pelos próprios Robert Jasper Grootveld, Luud Schimmelpenninck, Van Duijn, Bart Huges e todos os outros marginais do Provos) andando hoje pelas ruas de Amsterdan e relembrando a década de 60. Bertolucci acabou de mostrar com "Os Sonhadores" que é possível trazer de volta os bons tempos (pelo menos no cinema, né?).

* " Cantos de Outono" de Ruy Câmara, a soberba biografia de Isidore Ducasse (o Conde de Lautréamont) bem que poderia ser filmada por um louco como Fernando Arrabal ou Dusan Makavejev dos tempos do Sweet Movie, seria a perfeição em forma de filme, hehehehehe... (e por falar em biografias, G.G. Allin, Bakunin, Bukowski, Kerouac, entre outros , também seriam bons alvos para biografias fodonas)...

* "Quando Teresa Brigou Com Deus" de Alexandro Jodorowsky filmado por Jodorowsky (óbvio, certo?) com um orçamento de 200 milhões de doláres dado pela Warner (lógico que depois deste filme Jodorowsky teria que dirigir um filme da série do Batman, hahahahahahahah) para ter os cenários que quissesse, tudo isso filmado com Jodorowsky, sua família e amadores saidos do povão como atores.

* "Uma Temporada No Inferno" do Arthur Rimbaud feito por alguém como George Kuchar com pessoas como Jack Smith de ator e Waters como roteirista. Não conseguimos imaginar o que sairia, mas que seria engraçado ver isso, seria!!!

" Um Espelho No espelho" de Michael Ende por alguns cineastas como Tim Burton, Jan Svankmajer e Takashi Miike, cada um dirigindo um capítulo do livro.

Bem, são discussões de boteco prá se divertir, bem melhor do que ficar falando de política, hehehehehhehe...